PL mobiliza bancada contra operação da PF em Bolsonaro

PL mobiliza bancada contra operação da PF em Bolsonaro

Partido pede fim do recesso do Congresso e convoca reunião emergencial após operação contra ex-presidente, buscando medidas contra “politização do STF”

A bancada do PL no Congresso Nacional mobilizou-se em resposta à operação de busca e apreensão da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, realizando uma reunião emergencial para definir ações imediatas.

Em reunião extraordinária, o partido decidiu solicitar aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a suspensão do recesso parlamentar para deliberar sobre medidas contra o que consideram “politização do Judiciário”.

• Na sexta-feira, 18, parlamentares do PL realizaram uma reunião virtual, com retorno presencial marcado para segunda-feira, 21, em Brasília

• O partido articulou a convocação emergencial das comissões de Segurança Pública da Câmara e do Senado para terça-feira, 22, visando aprovar uma moção de louvor a Bolsonaro

• As comissões são presididas respectivamente por Paulo Bilynskyj (PL-SP) na Câmara e Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no Senado

• Está prevista também a convocação da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, presidida por Filipe Barros (PL-PR)

Tecnicamente, a Câmara não está em recesso oficial, pois isso dependeria da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que não ocorreu. No entanto, existe um “recesso branco” em vigor, com a pauta legislativa desocupada por duas semanas.

Após a reunião, parlamentares do PL presentes em Brasília dirigiram-se ao Senado para ler uma carta de repúdio à operação da PF. O documento convoca manifestações pacíficas e declara que “nenhuma toga está acima da lei”.

Durante o pronunciamento, o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) fez declarações polêmicas sobre as Forças Armadas, enquanto a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) destacou Michelle Bolsonaro como “a maior liderança conservadora do Brasil”.

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, Bolsonaro enfrentará medidas restritivas, incluindo uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e proibição de contato com outros investigados e diplomatas estrangeiros.

A investigação da PF indica que Bolsonaro teria incentivado articulações com o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para impor sanções ao governo brasileiro. A defesa do ex-presidente manifestou “surpresa e indignação” com as medidas cautelares impostas.

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