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Campinas registrou um número alarmante de 261 notificações de violência contra idosos em 2025, estabelecendo um novo recorde desde o início da série histórica em 2009. De acordo com o Sistema de Notificação de Violência (Sisnov), houve um aumento de 8,75% em comparação com 2024, quando foram registrados 240 casos.
A secretária de Desenvolvimento e Assistência Social de Campinas, Vandecleya Moro, atribui o aumento das notificações ao período pós-pandemia e à maior conscientização da população sobre o que constitui violência. “Muitos idosos não sabem que sofrem algum tipo de violência, não sabem o que é violência patrimonial, por exemplo. Nós fazemos rodas de conversa e trabalhamos com outras secretarias, como a Saúde, e fazemos o trabalho de conscientização”, explica a secretária.
* A faixa etária mais afetada foi de 60 a 69 anos, com 113 casos registrados
* Entre 70 e 79 anos, foram contabilizados 89 registros
* Idosos com 80 anos ou mais somaram 59 casos
* Os principais tipos de violência registrados são física, negligência e patrimonial, com menor incidência de violência sexual
Para enfrentar essa situação, Campinas oferece atendimento e acolhimento no Centro Dia da Pessoa Idosa, destinado a pessoas com 60 anos ou mais em situação de risco pessoal e social, ou que necessitem de assistência especial para atividades diárias.
“Famílias podem procurar o Centro. Casos de negligência, por exemplo, envolvem famílias mais desestruturadas, e no Centro da Pessoa Idosa será encontrado apoio para que ela possa se reestruturar”, ressalta Moro.
As denúncias podem ser realizadas através do Disque 100, serviço que funciona 24 horas por dia. Após a denúncia, que pode ser anônima, a Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social realiza atendimento domiciliar com equipe especializada, incluindo assistente social e psicólogo.
