O declínio natural da produção dos campos da Petrobras foi identificado como a principal causa da queda registrada pela companhia no terceiro trimestre de 2023. A presidente da estatal, Magda Chambriard, prevê uma melhora no quarto trimestre e um crescimento gradual nos próximos anos, impulsionado pela entrada de novas plataformas e a recuperação de campos maduros.
A Petrobras divulgou seu Relatório de Produção referente ao terceiro trimestre, revelando uma queda de 6,5% na produção de petróleo e gás natural em comparação com o mesmo período do ano anterior.
• Magda Chambriard explicou a situação: ‘Foi declínio mesmo. Toda vez que a gente coloca algumas plataformas e no ano seguinte custa para colocar (em operação), a produção cai, por isso temos que estar sempre antecipando produção e colocando plataformas’.
• A empresa está tomando medidas para reverter essa tendência. Chambriard anunciou: ‘Este ano a gente tinha programado só uma plataforma no Plano Estratégico, mas estamos antecipando Maria Quitéria seis meses e Almirante Tamandaré três meses, isso vai dar um gás para produção e já vai começar no quatro trimestre, Maria Quitéria já está em ramp up’.
• Além das plataformas Maria Quitéria e Almirante Tamandaré, o FPSO Duque de Caxias também contribuirá para o aumento da produção. Juntas, essas três unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência (FPSOs) prometem adicionar cerca de 500 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) entre 2023 e 2026.
• Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras, presente no 4º Brazilian Petroleum Conference no Rio de Janeiro, forneceu informações adicionais sobre a queda na produção. Ela revelou que, além do declínio natural, as paradas programadas tiveram um impacto significativo, reduzindo a produção em 144 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) no período de julho a setembro.