Zema recua após dizer que só iria aderir ao Propag com derrubada de vetos de Lula

Zema recua após dizer que só iria aderir ao Propag com derrubada de vetos de Lula

Governador de Minas admite erro ao vincular entrada no programa à derrubada dos vetos de Lula e esclarece que Estado não fará adesão imediata

O governador Romeu Zema (Novo) voltou atrás em sua declaração sobre a adesão de Minas Gerais ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag). Em entrevista exclusiva, o governador admitiu ter errado ao condicionar a participação do Estado à derrubada dos vetos do presidente Lula.

Na quarta-feira, Zema havia afirmado que Minas não aderiria ao Propag caso o programa permanecesse “mutilado”. No dia seguinte, ele esclareceu que sua posição anterior não estava completa, explicando que o Estado não fará a adesão imediata ao programa.

* Em sua declaração inicial, Zema criticou fortemente o programa após os vetos presidenciais: “(O Propag) Não é um plano que vai viabilizar (a renegociação da dívida). Será uma alternativa pior do que já temos. Se for para ficar mutilado do jeito que está, não vamos aderir, porque é pior que o RRF”.

* No dia seguinte, o governador reconheceu a imprecisão de sua fala: “Eu falei “não vamos aderir”, mas nós não vamos aderir neste momento, em que o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) é melhor. Talvez faltou da minha parte falar: “não vamos aderir de imediato, como estava previsto””.

O vice-governador Mateus Simões (Novo) também se manifestou para esclarecer a situação, afirmando que a posição do governo não significa abandono do Propag, apenas um adiamento da adesão. Segundo ele, “O projeto que saiu do Congresso Nacional é muito melhor do que o projeto que foi publicado pelo governo federal ontem (14 de janeiro), mas isso não retira a gente do Propag, só adia a adesão”.

Se os vetos forem mantidos pelo Congresso, o governo de Minas planeja postergar o pedido de adesão ao Propag para o final do ano. Esta estratégia visa dar mais tempo para ajustar as despesas com pessoal do Executivo, que atualmente representam 50,12% da receita corrente líquida do Estado, precisando ser reduzidas para 49%.

Em resposta às críticas de Zema, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu lembrando que o governador “critica privilégios enquanto sancionou o aumento do próprio salário em 298%, durante a vigência do RRF, inclusive”.

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