A CDL/BH (Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte) prevê um aquecimento significativo no comércio de material escolar da capital mineira neste início de ano. As expectativas dos lojistas do setor apontam para um aumento entre 5% e 6% nas vendas durante o período que antecede o retorno às aulas.
Segundo Fátima Homem, empresária e coordenadora do CDL/BH Negócios Papelaria, “Até o momento, a maioria dos pais e responsáveis estão realizando orçamentos e a tendência é que efetivem as compras durante as próximas semanas”. A empresária destaca que os consumidores têm intensificado a pesquisa de preços em diversos estabelecimentos.
O tíquete médio previsto pela CDL/BH deve girar em torno de R$ 290, com tendência para pagamentos à vista devido aos descontos oferecidos.
De acordo com pesquisa do Instituto Locomotiva, a compra de materiais escolares afeta o orçamento de 85% das famílias brasileiras, com maior impacto na classe C (95%). A região Sudeste concentra 46% dos gastos nacionais, seguida pelo Nordeste com 28%.
A Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae) projeta um aumento entre 5% e 9% nos preços para 2025, principalmente devido à alta carga tributária, que pode chegar a 40% em alguns produtos.
“Os tributos forçam o lojista a elevar o valor e esmagam o poder de compra das famílias. Por se tratar de produtos essenciais para a escolarização da população, é fundamental que haja uma reforma desses tributos”, avalia Fátima Homem, que também destaca os livros didáticos como principal desafio financeiro, com custo médio de R$ 1.500.