Fontes do governo israelense indicam que o Hamas aceitou um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, em uma negociação mediada pelo Catar e pressionada pelo presidente americano Joe Biden. Após 15 meses de conflito e aproximadamente 45 mil mortos, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aguarda confirmação oficial da resposta palestina.
O gabinete de Netanyahu nega oficialmente ter recebido sinalização formal do Hamas, embora veículos como Reuters, Haaretz e Times of Israel relatem, citando fontes israelenses, que membros das equipes negociadoras confirmam a aceitação do acordo por parte do grupo palestino.
* Durante seis semanas, 33 reféns israelenses mantidos em Gaza pelo Hamas serão libertados, incluindo crianças, mulheres, soldadas, homens acima de 50 anos, feridos e doentes. Em contrapartida, Israel libertará cerca de 1.000 prisioneiros palestinos.
* A população palestina poderá retornar ao norte de Gaza, desde que desarmada, e a passagem de Rafah entre Egito e Gaza será gradualmente reaberta.
* Israel permitirá a entrada de 600 caminhões diários de ajuda humanitária em Gaza, representando um aumento de dez vezes em relação ao volume atual autorizado.
Netanyahu enfrenta pressão da ala mais radical de seu governo, mas avalia ter votos suficientes no Parlamento para aprovar o pacto. Caso aprovado, as primeiras libertações de reféns poderiam ocorrer a partir de domingo.
Duas semanas após o início do processo, novas negociações seriam iniciadas para uma segunda fase de trocas, incluindo soldados e civis mais jovens, em troca da retirada completa das tropas israelenses de Gaza.