A China anunciou uma série de medidas retaliatórias contra os Estados Unidos em resposta às tarifas de 10% impostas pela administração Trump sobre produtos chineses. As novas medidas entrarão em vigor na próxima segunda-feira, um dia antes da implementação das tarifas americanas.
Em uma demonstração clara de resposta às políticas protecionistas americanas, Pequim estabeleceu um conjunto abrangente de contramedidas:
* Imposição de tarifa de 15% sobre importações de carvão e gás liquefeito de petróleo provenientes dos Estados Unidos
* Aplicação de sobretaxa de 10% em produtos como petróleo, máquinas agrícolas, picapes e outros veículos pesados americanos
* Abertura de investigação sobre possíveis práticas monopolísticas do Google
* Implementação de controles sobre a exportação de 25 metais raros para os Estados Unidos
Em um desenvolvimento paralelo, os Estados Unidos decidiram suspender por 30 dias a aplicação de tarifas de 25% sobre importações do México e do Canadá. A decisão veio após compromissos assumidos por ambos os países no combate ao narcotráfico, especialmente relacionado ao fentanil.
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, comprometeu-se a enviar dez mil soldados para a fronteira com os EUA. Em contrapartida, os Estados Unidos prometeram medidas para conter o tráfico de armas pesadas para o México. O primeiro-ministro canadense Justin Trudeau anunciou que vai “nomear um czar encarregado da questão do fentanil e acrescentar os cartéis mexicanos na lista de entidades terroristas”.
No contexto regional, o presidente equatoriano Daniel Noboa anunciou um imposto adicional de 27% sobre importações mexicanas, em meio a tensões diplomáticas entre os dois países. O México havia rompido relações diplomáticas com o Equador após a invasão da embaixada mexicana em Quito e a prisão do ex-vice-presidente Jorge Glas.