Um terremoto de magnitude 7 atingiu a Califórnia, nos Estados Unidos, nesta quinta-feira (5), chamando atenção para os riscos associados à falha de San Andreas. O tremor, com epicentro a cerca de 100 km de Ferndale e profundidade de 10 km, gerou alertas de tsunami que foram posteriormente cancelados pelas autoridades locais.
A falha de San Andreas, um extenso sistema geológico que se estende por 1.300 km ao longo da Califórnia, representa uma das estruturas geológicas mais estudadas do mundo devido ao seu imenso potencial sísmico. Esta formação marca a fronteira entre as placas tectônicas do Pacífico e da América do Norte, tendo surgido há aproximadamente 20 milhões de anos.
* A falha San Andreas é resultado do movimento lateral entre duas placas tectônicas: a Placa do Pacífico, que se desloca para o noroeste, e a Placa Norte-Americana, que se move em direção ao sudeste
* Este movimento constante gera uma acumulação significativa de tensão que, ao ser liberada, resulta em atividade sísmica, conforme explica o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS)
* Devido à sua localização e ao constante acúmulo de energia, combinados com a alta densidade populacional das áreas próximas, a região está particularmente vulnerável ao chamado “The Big One”
* O evento mais devastador relacionado à falha foi o terremoto de 1906 em São Francisco, que destruiu grande parte da cidade e resultou em milhares de mortes
* Estudos recentes do USGS indicam que determinadas seções da falha estão “atrasadas” em relação à sua atividade sísmica esperada, o que aumenta o risco de novos eventos sísmicos
* O termo “The Big One” refere-se a um possível terremoto de altíssima magnitude que poderia causar destruição massiva em importantes centros urbanos como Los Angeles, São Francisco e San Diego
Para mitigar possíveis impactos, a Califórnia mantém investimentos constantes em sistemas de alerta precoce, como o ShakeAlert, e realiza campanhas regulares de conscientização pública. Além disso, pesquisas científicas contínuas são conduzidas para melhor compreender o comportamento da falha e orientar o desenvolvimento de infraestruturas mais resistentes a eventos sísmicos.