O ator alemão Udo Kier faleceu no domingo (23), aos 81 anos, em Palm Springs, Califórnia. A notícia foi confirmada por pessoas próximas ao artista, embora a causa da morte não tenha sido revelada. Com uma carreira que se estendeu por mais de cinco décadas e participação em mais de 250 produções, Kier estabeleceu-se como uma das figuras mais emblemáticas do cinema mundial.
Nascido em Colônia em 1944 como Udo Kierspe, o ator iniciou sua jornada cinematográfica em 1966. Sua ascensão internacional ocorreu após integrar o círculo artístico de Andy Warhol, consolidando-se através de parcerias memoráveis com Paul Morrissey nos clássicos “Carne para Frankenstein” (1973) e “Sangue para Drácula” (1974).
Ao longo de sua extensa carreira, Udo Kier colaborou com renomados diretores do cinema mundial:
* Estabeleceu parcerias significativas com cineastas como Rainer Werner Fassbinder, Dario Argento, Werner Herzog e Gus Van Sant
* Desenvolveu uma relação profissional duradoura com Lars von Trier, participando em produções aclamadas como “Dogville”, “Melancolia”, “Ninfomaníaca” e “Dançando no Escuro”
* Criou laços com o cinema brasileiro ao interpretar o vilão Michael em “Bacurau” (2019), dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, um dos papéis mais celebrados de sua fase recente
* Sua última atuação foi em “O Agente Secreto” (2025), também dirigido por Mendonça Filho e exibido no Festival de Cannes
No circuito comercial americano, Kier demonstrou sua versatilidade ao participar de grandes produções como “Ace Ventura: Um Detetive Diferente” (1994), “Armageddon” (1998) e “Blade: O Caçador de Vampiros” (1998). Seu olhar intenso e presença magnética tornaram-se marcas registradas, permitindo-lhe transitar com desenvoltura entre o cinema experimental, produções autorais e blockbusters.