Várias companhias aéreas internacionais anunciaram a suspensão de suas operações com a Venezuela após um alerta emitido pelos Estados Unidos sobre o aumento da atividade militar na região. A decisão ocorre em meio a tensões crescentes entre os dois países e o destacamento de forças americanas no Caribe.
* A espanhola Iberia, portuguesa TAP, colombiana Avianca, brasileira GOL e chilena Latam anunciaram ontem a suspensão imediata de seus voos para a Venezuela, conforme informações das associações de linhas aéreas (Alav) e de agências de viagens (Avavit).
* A Turkish Airlines também se juntou ao grupo, comunicando o cancelamento de suas operações entre os dias 24 e 28.
* A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos emitiu um alerta solicitando maior precaução às aeronaves que utilizam o espaço aéreo venezuelano, citando preocupações com a “situação de segurança e o aumento da atividade militar na Venezuela e em seus arredores”.
A decisão coincide com a iminente declaração dos Estados Unidos de classificar como organização terrorista um suposto cartel de drogas supostamente liderado pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Washington mobilizou no Caribe seu maior porta-aviões, acompanhado por uma frota de navios de guerra e caças para operações antidrogas, ação que Maduro caracterizou como “uma ameaça” para removê-lo do poder.
Algumas empresas como Copa, Air Europa, PlusUltra e Wingo não se manifestaram sobre suas operações, enquanto as venezuelanas Láser, Avior e Estelar informaram a manutenção normal de seus voos. Desde setembro, as forças americanas realizaram operações contra mais de 20 embarcações supostamente envolvidas com narcotráfico no Mar do Caribe e no Pacífico oriental, resultando em 83 mortes.