Uma pesquisa recente do Instituto Opus, encomendada pelo Estado de Minas, revelou mudanças significativas na percepção dos eleitores de Belo Horizonte em relação aos candidatos à prefeitura. O estudo, realizado entre 25 e 27 de setembro, mostrou como as campanhas do prefeito Fuad Noman (PSD) e do deputado estadual Bruno Engler (PL) conseguiram aumentar o reconhecimento e a propensão ao voto.
Os resultados da pesquisa indicaram alterações importantes na reta final do primeiro turno:
• O desconhecimento em relação a Bruno Engler caiu 12 pontos percentuais, de 48% para 36%. O percentual de eleitores com grandes chances de votar nele aumentou de 13% para 20%.
• Fuad Noman experimentou uma queda ainda mais acentuada no desconhecimento, passando de 41% para 24%. A porcentagem de eleitores com grandes chances de votar nele subiu de 11% para 19%.
• Matheus Dias, diretor do Instituto Opus, comentou sobre o sucesso das campanhas: ‘Engler foi apresentado ao eleitorado de BH da forma correta e alinhada com as expectativas e com a conjuntura de uma parcela significativa dos moradores da capital. Ele não se limitou a um discurso extremista e conseguiu se conectar com uma parcela relativa, se tornando mais conhecido à medida que também se tornou menos rejeitado.’
• Sobre Fuad Noman, Dias acrescentou: ‘Fuad é o outro candidato que tem possibilidade de disputar o segundo turno e também conseguiu se conectar com a leitura e com a conjuntura de uma forma que ele se tornou mais conhecido e menos rejeitado, aumentando o potencial de votos.’
• A pesquisa mostrou um tríplice empate técnico nas intenções de voto: Mauro Tramonte (Republicanos) lidera com 25%, seguido por Bruno Engler com 20% e Fuad Noman com 18%.
• Tramonte, apesar de liderar, teve alterações negativas no cenário de rejeição e propensão ao voto. O número de pessoas que diz não votar nele subiu de 23% para 25%, enquanto a porcentagem dos que têm grandes chances de escolhê-lo caiu de 32% para 26%.
• A pesquisa também revelou o potencial de transferência de votos entre os candidatos. Há um maior potencial de migração de eleitores entre Fuad e Tramonte, seguido pela transferência entre Tramonte e Engler.
O estudo do Instituto Opus, que ouviu 800 eleitores belo-horizontinos, apresenta um intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 3,5 pontos percentuais. Os resultados indicam uma corrida acirrada e destacam a importância das estratégias de campanha na formação da opinião do eleitorado.