Operação ‘Estorno’ prende cinco por fraudes bancárias e sequestro virtual em Juiz de Fora, Bicas e Rio de Janeiro

Operação ‘Estorno’ prende cinco por fraudes bancárias e sequestro virtual em Juiz de Fora, Bicas e Rio de Janeiro

Operação “Estorno” desarticula grupo criminoso que atuava em três estados brasileiros com golpes bancários e sequestro de linhas telefônicas

A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (18) a operação “Estorno”, que resultou na prisão de cinco homens, com idades entre 21 e 27 anos, em Juiz de Fora, Bicas e Rio de Janeiro. A ação, realizada em conjunto com as polícias civis do Paraná e do Rio de Janeiro, visava desmantelar uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias, clonagem de cartões e sequestro virtual de linhas telefônicas.

Durante a operação, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão. Três prisões ocorreram em flagrante após a localização de materiais e dispositivos relacionados às práticas criminosas. Os suspeitos, segundo a Polícia Civil, são de classe média e classe média alta.

Modo de Operação do Grupo

* Os criminosos utilizavam a técnica conhecida como “SIM Swap”, sequestrando informações do chip do celular das vítimas e deixando-as incomunicáveis por dias
* Durante o período de bloqueio, realizavam compras de alto valor, principalmente de produtos de grife, bolsas, celulares e eletrodomésticos
* O grupo também distribuía maquininhas de cartão em estabelecimentos comerciais para processar transações com cartões clonados
* Parte dos valores obtidos era repassada aos comerciantes que concordavam em participar do esquema
* A quadrilha comprava dados de vítimas de pessoas no Rio de Janeiro, que posteriormente revendiam as informações para os líderes do grupo

Em Juiz de Fora, as ações policiais foram realizadas nos bairros Paineiras, Centro, Ipiranga, Santa Luzia e Jardim Laranjeiras. Durante as buscas, foram apreendidas diversas máquinas de cartão, aparelhos eletrônicos, bebidas, um automóvel, uma moto aquática e uma pistola.

O delegado Márcio Rocha, responsável pela investigação, explicou que a maioria das vítimas é do Paraná e há suspeitas de que os criminosos tenham movimentado milhões de reais. “Uma vítima da cidade Guaíra identificou alguns autores que seriam aqui de Juiz de Fora, então baseado nessas informações passamos a fazer os levantamentos e juntamos com as provas da polícia do Paraná”, explicou.

A Polícia Civil continua investigando a participação de comerciantes que permitiram o uso das maquininhas em seus estabelecimentos, bem como outras possíveis ramificações interestaduais do grupo criminoso.

O delegado também alertou sobre a importância de medidas de segurança: “Façam todos os ciclos de segurança possíveis, porque essas quadrilhas estão 24 horas pensando em como burlar o sistema. Então, apesar de ter muita segurança, cada vez mais investimento nessa parte, ainda tem falhas, porque estamos falando de sistema de computador, então tem sempre alguém querendo burlar o sistema”.

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