Celso Sabino desafia União Brasil e mantém cargo

Celso Sabino desafia União Brasil e mantém cargo

Ministro do Turismo reafirma apoio ao governo Lula e enfrenta possível expulsão do partido após se recusar a deixar o cargo no ministério

O ministro do Turismo, Celso Sabino, intensificou o embate com o União Brasil ao reafirmar sua permanência no governo Lula, declarando que “não deve nada para ninguém” dentro do partido. O ministro, que foi suspenso da Executiva Nacional por se recusar a deixar o ministério após a ruptura da sigla com o Planalto, enfrenta crescente isolamento partidário enquanto mantém sua posição no governo.

A crise se desenvolveu após a federação União Progressista determinar que seus filiados abandonassem cargos no governo Lula, sob risco de punição. A situação agravou-se quando o presidente Lula criticou Antonio Rueda, presidente do União Brasil, gerando tensões adicionais.

* Sabino foi afastado da direção partidária no Pará e tornou-se alvo de críticas internas, especialmente do governador Ronaldo Caiado, que o chamou de “traidor”.

* Em resposta às críticas, o ministro ironizou o desempenho eleitoral de Caiado, afirmando que só o trataria como adversário “quando ele atingir 1,5% nas pesquisas”.

* Durante agendas oficiais em Belém, Sabino reforçou sua aliança com Lula, declarando que nenhum partido o afastará do povo e que o presidente pode contar com ele “onde estiver”.

O ministro tem usado a organização da COP30 como justificativa para sua permanência no cargo, argumentando que abandonar o ministério prejudicaria um “trabalho essencial” para o país. Sabino rebateu críticas sobre a organização do evento, atribuindo parte delas à “síndrome de vira-lata” e afirmando que problemas como a alta nos preços das hospedagens foram naturalmente corrigidos pelo mercado.

Como presidente do Conselho Executivo da ONU Turismo, Sabino mantém prestígio no governo federal, mesmo enfrentando a possibilidade de expulsão do partido. O processo disciplinar pode se estender por até 60 dias, mas o ministro argumenta que tal medida não faria sentido próximo às eleições de 2026.

A situação atual expõe o paradoxo vivido pelo ministro: enquanto fortalece sua posição no governo federal, enfrenta crescente isolamento em seu partido de origem, apostando na força do cargo e na importância da COP30 para sustentar sua trajetória política.

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