Inca inaugura centro de treinamento em cirurgia robótica

Inca inaugura centro de treinamento em cirurgia robótica

Primeiro centro de treinamento em cirurgia robótica do SUS conta com robô Da Vinci XI e vai formar médicos em todo o Brasil para procedimentos oncológicos

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) inaugurou o primeiro centro de treinamento em cirurgia robótica do Sistema Único de Saúde (SUS). A nova unidade representa um marco importante na formação médica especializada e na pesquisa aplicada em tratamentos oncológicos no Brasil.

O Inca, que realiza cirurgias robóticas desde 2012 de forma pioneira no SUS, já executou mais de 2 mil procedimentos nas áreas de urologia, ginecologia, cabeça e pescoço, abdome e tórax. As cirurgias robóticas são reconhecidas por serem minimamente invasivas, oferecendo maior precisão aos cirurgiões e ampliando em até dez vezes o campo visual durante os procedimentos.

O novo Centro de Treinamento e Pesquisa em Robótica está equipado com o robô Da Vinci XI, que possui três consoles cirúrgicos e um simulador de realidade virtual. Para sua instalação, o Instituto realizou adaptações específicas no edifício, incluindo o içamento do equipamento até o andar designado. A certificação pela fabricante do robô garante formação oficial aos cirurgiões.

Roberto Gil, diretor-geral do Inca, destaca a importância da iniciativa: “Antigamente, você tinha que ir para o exterior e tentar essa capacitação. Isso significa que a gente tem capacidade de capilarizar e disseminar esse procedimento, com médicos certificados por todo o território brasileiro. É um processo gradativo”.

Durante a inauguração, o Inca também apresentou dois importantes projetos de pesquisa focados na detecção precoce do câncer de próstata:

* Uma pesquisa genética somática que analisará amostras de lesões de 980 pacientes. Segundo Franz Campos, chefe do setor de Urologia do Inca, o estudo busca “estruturas que possam dar um diagnóstico mais correto”. Os pacientes serão acompanhados por três anos para identificação de marcadores moleculares relevantes.

* Um estudo de sequenciamento genético completo envolvendo cerca de 3 mil pacientes com diferentes condições prostáticas, incluindo câncer de baixo e alto grau e hiperplasia prostática. O objetivo é identificar mutações somáticas relacionadas ao câncer.

Vale ressaltar que a prostatectomia robótica, procedimento de remoção parcial ou total da próstata após diagnóstico de câncer, foi recentemente incorporada ao SUS. O novo centro auxiliará na implementação desta tecnologia em todo o país, beneficiando os quase 72 mil novos casos estimados anualmente de câncer de próstata no Brasil.

O Centro de Treinamento e Pesquisa em Robótica do Inca representa um avanço significativo na capacitação médica e no tratamento oncológico no sistema público de saúde brasileiro, permitindo a formação continuada de profissionais e o desenvolvimento de pesquisas inovadoras.

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