O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou resultados positivos para os primeiros nove meses de 2025, com lucro recorrente de R$ 11,2 bilhões, representando um aumento de 14,2%. A instituição também registrou expressivo crescimento em sua carteira de crédito expandida, que alcançou R$ 616 bilhões em setembro, o maior valor dos últimos nove anos.
O desempenho do BNDES se destaca no cenário financeiro nacional, conquistando a posição de terceiro maior lucro líquido do sistema financeiro, totalizando R$ 17,2 bilhões. A instituição mantém índices de inadimplência excepcionalmente baixos, com apenas 0,008% para atrasos superiores a 90 dias, ficando abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional.
“O crescimento da carteira de crédito e a inadimplência controlada geram o crescimento sustentável que estamos demonstrando”, afirmou Alexandre Abreu, diretor Financeiro e de Mercado de Capitais do BNDES.
No entanto, o banco registrou uma redução de 9,1% em seu lucro contábil, principalmente devido à diminuição dos dividendos recebidos da Petrobras. Conforme explicação do presidente Aloizio Mercadante e do diretor Alexandre Abreu, “Os dividendos pagos pelas nossas investidas nos nove meses somam R$ 4,2 bilhões, R$ 1,9 bilhão a menos por queda de 53% dividendos pagos pela Petrobras”.
A carteira de participações societárias do BNDES apresentou evolução significativa desde janeiro de 2023, com variação de R$ 20,9 bilhões. O banco realizou vendas no valor de R$ 4,8 bilhões e recebeu R$ 23,7 bilhões em proventos, totalizando R$ 49,4 bilhões em rendimentos. Atualmente, a carteira está avaliada em R$ 83,6 bilhões, representando um crescimento de 1,8% em comparação a dezembro de 2024, impulsionado pela valorização de investimentos em empresas não coligadas e alienações de ações.
As principais empresas que compõem o portfólio de investimentos do BNDES continuam sendo Petrobras, JBS, Eletrobras e Copel. O Índice de Basileia do banco, importante indicador de solidez financeira, atingiu 25,8% em setembro de 2025, apresentando uma redução em relação aos 28,2% registrados em dezembro de 2024.