O Starlink, rede de satélites da SpaceX que representa cerca de 70% dos 12.500 satélites ativos em órbita, está prestes a expandir significativamente sua missão original de fornecer internet para regiões remotas. Elon Musk anunciou planos para transformar a rede em data centers orbitais e implementar tecnologias para resfriar a Terra, gerando intensos debates sobre riscos e sustentabilidade espacial.
Os novos projetos do Starlink visam resolver duas crises globais simultâneas: a crescente demanda energética dos data centers terrestres e o aquecimento global. No entanto, especialistas expressam sérias preocupações sobre a viabilidade e os riscos dessas propostas.
* Desde o lançamento do ChatGPT em 2022, a demanda energética para inteligência artificial aumentou drasticamente
* Relatório do Goldman Sachs prevê aumento de 165% no consumo de energia por data centers até 2030
* Eric Schmidt, ex-CEO do Google, sugere que o consumo de energia de IA pode crescer de 3% para 99% da geração global
* A pesquisadora Samantha Lawler questiona a praticidade da proposta, citando desafios de manutenção e riscos de detritos orbitais
* Especialistas da NTU Singapore reconhecem a viabilidade técnica, mas questionam a sustentabilidade ambiental
* Preocupações sobre custos elevados e novos impactos ambientais do lançamento de equipamentos
* Musk sugere usar satélites para ajustar a quantidade de luz solar que chega à Terra
* Cientistas alertam para riscos imprevisíveis da geoengenharia solar
* Professora V. Faye McNeill destaca possíveis consequências amplas do bloqueio solar
* Entre novembro de 2024 e maio de 2025, cerca de 500 satélites Starlink realizaram reentrada
* Satélites realizam uma manobra anti-colisão a cada dois minutos em média
* Previsão de até um milhão de manobras anti-colisão a cada seis meses até 2028
A expansão do Starlink levanta questões cruciais sobre regulamentação espacial e segurança orbital. A União Astronômica Internacional pressiona por normas mais rigorosas, enquanto a comunidade científica alerta para os riscos da Síndrome de Kessler, que poderia tornar a órbita terrestre inutilizável por décadas.