O presidente venezuelano Nicolás Maduro ordenou nesta terça-feira (11) uma mobilização militar “massiva” em todo território nacional em resposta ao que chamou de “ameaças imperiais” dos Estados Unidos. A decisão surge em meio à operação antidrogas americana no Caribe e à iminente chegada do porta-aviões USS Gerald R. Ford à região.
O Ministério da Defesa da Venezuela anunciou através de comunicado oficial que a mobilização inclui “meios terrestres, aéreos, navais, fluviais e de mísseis; sistemas de armas, unidades militares, milícia bolivariana”, além de outras estruturas de defesa policial, militar e cidadã.
A operação militar americana no Caribe, iniciada no final de agosto, resultou em:
* 20 embarcações bombardeadas em águas internacionais do Caribe e do Pacífico
* 76 mortes registradas durante as operações
* Presença contínua de forças americanas na região para combate ao narcotráfico
O canal estatal VTV transmitiu diversos pronunciamentos de líderes militares venezuelanos, exibindo imagens da mobilização de tropas e equipamentos militares em diferentes estados do país, embora nem sempre esses anúncios resultem em operações visíveis no terreno.
“Se o imperialismo chegasse a dar um golpe de mão e causar danos, desde o momento em que fosse decretada a ordem de operações, (teríamos) mobilização e combate de todo o povo da Venezuela”, declarou Maduro, ressaltando que sua estrutura possui “força e poder” para responder aos Estados Unidos.
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, minimizou os temores de um conflito armado com a Venezuela, mas manteve sua posição de que os dias de Maduro no poder estão contados. A tensão deve aumentar com a chegada do USS Gerald R. Ford, considerado o porta-aviões mais avançado da frota americana, que operará a centenas de quilômetros do litoral venezuelano.