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O cantor e compositor Djavan lança hoje seu 26º álbum, “Improviso”, uma coleção de 12 canções autorais que mergulha profundamente no universo romântico. O novo trabalho apresenta 11 faixas inéditas e resgata composições marcantes da década de 1980, incluindo músicas escritas especialmente para Gal Costa e Michael Jackson.
“Escrever tanto sobre o amor parece uma coisa difícil, mas não é”, declara o artista alagoano. “É um sentimento que sempre vem de forma diferente, porque tem um dinamismo natural. Então, por mais que você queira, você jamais vai ser repetitivo falando de amor.”
Entre as faixas do álbum, destaca-se “Um brinde”, primeiro single lançado em setembro, que já indicava a direção musical do projeto. “Entre os músicos, o jazz é sinônimo de coisa complicada, caos, bagunça, coisa difícil, algo que você não sabe onde é que vai dar”, explica Djavan sobre a metáfora utilizada na canção.
* “O vento”, única regravação do álbum, é uma composição que ficou famosa na voz de Gal Costa em 1987. A faixa representa a primeira e única parceria de Djavan com o poeta Ronaldo Bastos, sendo uma homenagem à cantora baiana falecida recentemente.
* “Pra sempre”, outra faixa histórica, foi originalmente composta a pedido do produtor Quincy Jones para integrar o álbum “Bad” de Michael Jackson. A melodia, criada na década de 1980, só recebeu letra agora, quase 40 anos depois, transformando-se em uma homenagem ao próprio “Rei do Pop”.
O artista também anunciou uma turnê para 2024, celebrando os 50 anos de “A voz, o violão, a música de Djavan”, seu primeiro álbum. “Eu sempre gostei muito de fazer show. Não é segredo para ninguém que meu momento de maior felicidade é quando estou dentro do estúdio, por ser o momento da criação, em que eu me realizo e trago as minhas ideias para o mundo. Mas o palco é imprescindível”, destaca.
Djavan celebra ainda a renovação constante de seu público, especialmente entre os jovens. “Eu sempre tive muitos jovens me acompanhando — pessoas de todas as idades na verdade, mas os jovens sempre estiveram presentes. A coisa se acentuou muito com a internet, e hoje o número desse público mais novo nos shows é muito grande”, comemora o artista.
O compositor ressalta o desafio de abordar o amor em suas composições: “O limite entre o bom gosto e o mau gosto ao falar de amor é muito próximo. Você pode se dar mal, pode acabar sendo piegas. Isso torna esse desafio cada vez mais sedutor.”
