A União Europeia implementou novas medidas restritivas para a concessão de vistos de múltiplas entradas a cidadãos da Rússia, em resposta aos crescentes riscos de segurança e preocupações migratórias relacionadas ao conflito russo-ucraniano. A decisão foi anunciada pela Comissão Europeia nesta sexta-feira, 7.
A avaliação realizada no âmbito da cooperação Schengen identificou mudanças significativas nos riscos associados aos solicitantes de visto russos desde o início da invasão à Ucrânia. As principais preocupações incluem:
* Instrumentalização da migração por parte da Rússia, representando riscos à segurança do bloco europeu
* Ameaças crescentes de sabotagem em território da União Europeia, incluindo ataques com drones atribuídos a agentes russos
* Riscos elevados de espionagem cibernética e industrial
A nova regulamentação estabelece exceções específicas para determinados grupos. Os beneficiários incluem familiares próximos de residentes na UE, trabalhadores do setor de transportes, além de dissidentes, jornalistas independentes e defensores de direitos humanos, que poderão receber vistos de validade prolongada em casos devidamente justificados.
Kaja Kallas, chefe de Relações Exteriores e Segurança do bloco, manifestou-se sobre a decisão através do X: “iniciar uma guerra e esperar circular livremente pela Europa é algo difícil de justificar”. A autoridade ainda enfatizou que “viajar para a UE é um privilégio, não um direito garantido”.