Uma área turística rica em trilhas e cachoeiras no município de Paranã, sul do Tocantins, tornou-se centro de uma disputa territorial entre os estados do Tocantins e Goiás. O Complexo Canjica, conhecido por suas belezas naturais, está localizado em uma região de 12,9 mil hectares que é objeto de uma ação judicial no Supremo Tribunal Federal (STF).
A Procuradoria Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) alega que houve um erro na delimitação territorial realizada nos anos 1970, através da Carta Topográfica São José, onde o Rio da Prata foi indicado incorretamente no lugar do Ribeirão Ouro Fino, afetando a demarcação entre os municípios de Paranã e Cavalcante.
* O Governo do Tocantins instalou um portal com as frases “Bem-vindo ao Tocantins” e “O turismo começa aqui” na região contestada, estrutura que Goiás solicita a remoção através da ação judicial
* A área em disputa abriga o Quilombo Kalunga dos Morros e, segundo a PGE-GO, a ocupação está causando problemas financeiros para Cavalcante devido à redução nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios
* O acesso mais rápido às cachoeiras ocorre pelo município de Cavalcante, a 74 km do local, enquanto pelo lado do Tocantins a distância é de 114 km por estrada de terra
* O local oferece uma trilha de aproximadamente 9,5 km, que passa pelos rios Canjica e Águas Lindas
* Entre os principais pontos turísticos estão a cachoeira do Catoá, Bocaina do Claro, cachoeira do Engenho, cachoeira do Esmeralda e o complexo do Prata
* Os visitantes podem desfrutar de poços cristalinos, cascatas, piscinas naturais com borda infinita e cânions
O Governo do Tocantins informou que não foi oficialmente citado no processo até o momento e aguarda notificação judicial para apresentar suas manifestações formais. A administração estadual também ressaltou que as tratativas sobre a área vinham sendo conduzidas através do diálogo entre os dois estados.