Hezbollah sofre novas sanções dos Estados Unidos

Hezbollah sofre novas sanções dos Estados Unidos

Departamento do Tesouro americano impõe sanções a membros do grupo por uso ilegal de casas de câmbio para transferir fundos do Irã

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos implementou novas sanções contra integrantes do Hezbollah, acusados de utilizar casas de câmbio libanesas para transferir grandes quantias de dinheiro provenientes do Irã. O esquema, que mistura financiamento ilícito com operações comerciais legítimas, movimentou dezenas de milhões de dólares em 2025, ameaçando a estabilidade do sistema financeiro libanês.

As investigações revelaram um complexo sistema de transferências financeiras que beneficiou diretamente o Hezbollah, financiando forças paramilitares, infraestrutura terrorista e ações contra o governo do Líbano. As sanções foram anunciadas em um momento de tensão na região, coincidindo com ataques israelenses ao território libanês.

John K. Hurley, subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, declarou que “o Líbano tem a oportunidade de ser livre e seguro, mas isso só será possível se o Hezbollah for desarmado e cortado do financiamento iraniano”.

Entre os principais alvos das sanções estão:

* Ossam Jaber, identificado como responsável por operações de transferência de recursos do Irã para o Líbano através de operações cambiais

* Ja”far Muhammad Qasir, filho do ex-chefe financeiro do Hezbollah, Muhammad Qasir, que faleceu em 2024

* Samer Kasbar, diretor da empresa Hokoul SAL Offshore, identificada como empresa de fachada do grupo terrorista

As autoridades americanas identificaram que, desde janeiro, a Força Quds do Corpo da Guarda Revolucionária do Irã transferiu mais de US$ 1 bilhão ao Hezbollah, principalmente através de casas de câmbio. As novas medidas determinam o bloqueio de bens dos sancionados nos Estados Unidos e proíbem transações com cidadãos ou empresas americanas.

O Departamento do Tesouro ressalta que as sanções visam pressionar o Hezbollah a romper seus laços financeiros com Teerã e diminuir sua influência sobre a economia libanesa, que já se encontra severamente prejudicada pela crise financeira de 2019, resultado de anos de déficits fiscais e acúmulo de dívidas mascaradas pelo Banco Central libanês.

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