Caso do gari morto em BH avança com fim do sigilo e marcação de audiências

Caso do gari morto em BH avança com fim do sigilo e marcação de audiências

Em decisão, juíza rejeita todos os pedidos da defesa do empresário acusado, incluindo a anulação da confissão, e fundamenta fim do segredo de justiça com base na Constituição

A Justiça de Belo Horizonte determinou nesta quarta-feira (5) a suspensão do sigilo no processo que investiga Renê da Silva Nogueira Júnior, acusado de assassinar o gari Laudemir Fernandes em agosto deste ano. A decisão também negou o pedido da defesa para anular a confissão do crime.

A juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, fundamentou sua decisão citando que “A Constituição Federal consagra a publicidade como princípio essencial à transparência e ao controle social da Justiça, limitando o sigilo a hipóteses excepcionais e temporárias”.

Principais pontos da decisão judicial:

* A magistrada rejeitou o pedido de anulação da confissão feita por Renê da Silva Nogueira Júnior durante as investigações policiais, argumentando que não há exigência legal para presença de advogado durante a fase inquisitorial

* Foi negada a tentativa da defesa de encerrar o processo por suposta falta de provas e negativa de autoria

* A Justiça também descartou alegações sobre coação para fornecimento de senha do celular, nulidade da quebra de sigilo telefônico e telemático, e irregularidades no reconhecimento pessoal

Próximas etapas do processo:

* As audiências de instrução foram marcadas para os dias 25 e 26 de novembro
* No primeiro dia serão ouvidas as testemunhas de acusação
* No segundo dia, será a vez das testemunhas de defesa e, possivelmente, o depoimento do réu

O caso ganhou notoriedade após Renê da Silva Nogueira Júnior, irritado com um caminhão de lixo no trânsito, atirar contra o gari Laudemir Fernandes, que realizava seu trabalho de coleta em Belo Horizonte. O empresário confessou o crime uma semana após o ocorrido no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

A perícia da Polícia Civil de Minas Gerais confirmou através de exame balístico que a arma utilizada no crime pertencia à esposa do acusado, a delegada Ana Paula Lamego Balbino.

A decisão judicial mantém o andamento do processo, garantindo a transparência necessária ao caso, enquanto preserva documentos específicos que possuem proteção legal.

Mais notícias no N3 News

Participe do nosso canal no Whatsapp

Imagem N3 News
N3 News
O N3 News oferece notícias recentes e relevantes, mantendo os leitores atualizados em um mundo que está sempre em constante mudança. Mais do que um portal de notícias, temos como meta ser um parceiro confiável na busca pela informação precisa e imparcial.

RELACIONADAS