A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) manifestou preocupação com a possibilidade de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no presídio da Papuda, em Brasília. A parlamentar teceu duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes e expressou suas apreensões quanto ao futuro do ex-presidente. As declarações foram dadas à Itatiaia.
Damares classificou o ministro Alexandre de Moraes como “perverso” e afirmou acreditar que ele “quer uma foto de Bolsonaro algemado, nem que seja por uma hora”. A senadora argumentou que tal exposição teria motivações políticas, declarando que “eles querem a foto, é isso que desejam. Mas podem prender o corpo de Bolsonaro, nunca vão aprisionar a alma dele e o amor que ele tem pelo Brasil”.
A parlamentar compartilhou detalhes sobre o estado de saúde atual de Bolsonaro, revelando que ele segue uma rigorosa rotina de medicamentos. Segundo seu relato, o ex-presidente vive “cercado por uma caixa de remédios, com horários anotados”. Damares questionou a viabilidade desse cuidado em um ambiente prisional, alertando que uma eventual detenção poderia causar “comoção nacional”.
Em defesa do ex-presidente, a senadora enfatizou que Bolsonaro “nunca se envolveu em corrupção, nunca roubou um centavo e é um homem que ama a nação”.
Sobre a CPI do Crime Organizado no Senado, Damares revelou as articulações em curso:
* O PT busca indicar nomes como Fabiano Contarato (PT-ES) ou Jaques Wagner (PT-BA) para presidir a comissão
* A oposição trabalha para garantir o comando, considerando nomes como Magno Malta, Flávio Bolsonaro, Sergio Moro, Stevenson Valentim e general Hamilton Mourão
* Damares destacou especialmente a experiência de Magno Malta em investigações parlamentares
A senadora caracterizou a CPI como “difícil”, alertando sobre o enfrentamento com “bandidos perigosos” e defendendo a necessidade de parlamentares com experiência em segurança pública na liderança dos trabalhos. Ela concluiu afirmando que “a direita vai se unir para não deixar que o PT tome o controle da comissão”.