O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva do general Walter Braga Netto nesta segunda-feira (3). A decisão foi fundamentada principalmente no risco de fuga do militar, que foi condenado a 26 anos de prisão em regime fechado pela Primeira Turma do STF no âmbito da ação penal que investiga uma suposta trama golpista.
Braga Netto, que se tornou o primeiro general quatro estrelas a ser preso na história do Brasil, foi detido em dezembro de 2024 sob acusações de tentativa de interferência nas investigações e acesso não autorizado a conteúdos sigilosos de uma delação premiada de um tenente-coronel.
Esta marca a quinta vez que o ministro Moraes rejeita pedidos de liberdade para Braga Netto. No mais recente pedido, apresentado em 29 de março, a defesa argumentou que o STF havia concedido medidas cautelares alternativas à prisão para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo diante de acusações similares.
O ministro Alexandre de Moraes, no entanto, não acolheu os argumentos apresentados pela defesa, destacando que as situações de Bolsonaro e Braga Netto apresentam diferenças significativas, e que a manutenção da prisão do general se justifica por circunstâncias específicas do caso.