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O Hamas entregou três corpos a Israel na sexta-feira que não correspondem aos reféns capturados durante o ataque de 7 de outubro de 2023, provocando uma nova escalada de tensão na região. Em resposta, Israel realizou novos bombardeios na Faixa de Gaza neste sábado (1º).
A situação se agravou após um laboratório forense israelense confirmar que os corpos entregues pelo Hamas, através da Cruz Vermelha, não pertenciam aos reféns. O movimento islamista alegou em comunicado que “propuseram entregar [a Israel] três amostras de um certo número de restos mortais não identificados”, mas afirmou que “o inimigo se recusou a aceitar as amostras e exigiu os corpos para examiná-los”.
* O acordo de cessar-fogo, em vigor desde 10 de outubro, estabelecia a devolução de todos os reféns, vivos e mortos, em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos
* O Hamas já devolveu os restos mortais de 17 dos 28 reféns falecidos acordados para entrega, restando ainda 10 corpos de reféns sequestrados em 7 de outubro e um soldado morto em 2014
* Israel realizou dois bombardeios massivos contra Gaza após acusar o Hamas de violar o acordo, resultando em 45 mortes em 19 de outubro e 104 mortos nos ataques de terça-feira
A situação humanitária em Gaza continua crítica. “Não temos dinheiro, trabalho, comida, água, eletricidade ou internet”, relatou Sumaya Dalul, de 27 anos, moradora de Gaza. Os disparos e ataques aéreos israelenses foram registrados principalmente nos arredores de Khan Yunis, no sul do território.
O Centro de Coordenação Militar-Civil (CMCC) dos Estados Unidos reportou que “observou suspeitos de serem agentes do Hamas saqueando um caminhão de ajuda humanitária” que fazia parte de um comboio com destino ao norte de Khan Yunis.
Desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel matando 1.221 pessoas, a ofensiva israelense já causou 68.858 mortes em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do território. Uma reunião com ministros das Relações Exteriores de países muçulmanos está programada para segunda-feira em Istambul, visando desenvolver o plano dos Estados Unidos para Gaza.
