Penha segue sem ocupação após megaoperação policial

Penha segue sem ocupação após megaoperação policial

PM reforça patrulhamento no entorno dos complexos da Penha e do Alemão após operação que resultou em mais de 100 prisões e 121 mortes

Dois dias após uma megaoperação policial que resultou em mais de 100 prisões e 121 mortes, os complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio, permanecem sem ocupação das forças de segurança. O secretário de Polícia Militar, coronel Marcelo Menezes, informou que há um reforço de aproximadamente 40% no efetivo para patrulhamento nas vias do entorno das comunidades.

No interior das favelas, mesmo após o impacto sofrido pelo Comando Vermelho, o controle territorial pelo crime organizado continua evidente. O Jornal Nacional registrou a presença de homens armados na região da Serra da Misericórdia, onde corpos das vítimas dos confrontos eram removidos por moradores.

Situação atual na comunidade

* As ruas da Penha amanheceram vazias na quinta-feira (30), com moradores ainda demonstrando receio, embora não tenham ocorrido novos confrontos desde o fim da operação
* Na Praça São Lucas, local que se tornou símbolo da operação após dezenas de corpos terem sido alinhados, ainda eram visíveis marcas de sangue
* A repórter Bette Lucchese constatou a ausência de forças de segurança nas vias da comunidade da Penha
* Os últimos agentes a deixarem o local foram do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que haviam formado um “muro” para encurralar traficantes na mata da Misericórdia

Posicionamento do governo

O governador do Rio, Cláudio Castro, e o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, descartaram a possibilidade de ocupações nos moldes das antigas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). “Isso aqui não é UPP 2. O Governo do Rio de Janeiro não faz acordo para ter índice bom. A agenda não é política, não é eleitoral. A agenda é para resolver um problema do Rio de Janeiro”, declarou Castro.

Santos explicou que a ocupação não é uma estratégia viável, argumentando que “Ocupação já não funcionou no passado e não vai funcionar porque as forças de segurança não têm efetivo para ocupar 1,8 mil comunidades, 800 só na capital”. Em vez disso, o governo pretende seguir a diretriz da ADPF 635 de “retomada de territórios”, iniciando por Jacarepaguá e região, área que abrange cerca de 1,2 milhão de pessoas e onde há presença de diferentes facções criminosas.

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