A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) será palco de protestos nesta terça-feira (28), com manifestações dos servidores da Copasa contra projetos de privatização da companhia e dos policiais civis que reivindicam recomposição salarial.
O Sindágua-MG convocou uma reunião às 8h para decidir sobre uma possível nova greve dos servidores da Copasa. Na semana anterior, houve paralisação por três dias em protesto contra a PEC 24/2023, do governador Romeu Zema, que elimina a necessidade de referendo popular para a venda da estatal.
Paralelamente, o Sindpol-MG organizou protesto para às 9h30 na Praça da Assembleia, reivindicando recomposição salarial para as forças de segurança. O sindicato aponta defasagem de 44% nos vencimentos, considerando que desde 2015 a inflação acumulada é de 74%, enquanto os reajustes concedidos somam apenas 30%.
* A comissão especial de análise da PEC 24 tem reunião marcada para as 9h, composta por cinco parlamentares, sendo quatro da base governista, incluindo o líder Cássio Soares (PSD) e o líder de Zema, João Magalhães (MDB).
* Na última sexta-feira (24), após mais de dez horas de obstrução da oposição, o texto foi aprovado em primeiro turno por volta das 4h30 da madrugada.
* Na quarta-feira (22), milhares de servidores da Copasa lotaram a Assembleia durante audiência pública sobre o futuro da companhia, com manifestações que se estenderam pela madrugada.
A privatização da Copasa faz parte do plano do governo Zema para aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que permite o parcelamento de débitos com a União em até 30 anos. Para reduzir juros, o estado precisa abater 20% do estoque da dívida, que atualmente soma cerca de R$ 170 bilhões.