Navio dos EUA inicia exercícios militares próximo à costa da Venezuela

Navio dos EUA inicia exercícios militares próximo à costa da Venezuela

Ação provoca protestos de Caracas que denuncia provocação dos EUA

O navio de guerra USS Gravely dos Estados Unidos chegou no domingo (26) a Trinidad e Tobago, intensificando as tensões com a Venezuela, que denunciou a ação como uma provocação militar com potencial para gerar um conflito na região.

A chegada do destróier americano às águas caribenhas faz parte de uma série de operações militares dos Estados Unidos na região, que incluem a presença de navios de guerra desde agosto e ataques aéreos contra supostas embarcações de narcotraficantes desde setembro.

Escalada de Tensões

* Washington mantém pressão sobre o governo venezuelano, com o presidente Donald Trump aprovando operações secretas da CIA no país e considerando possíveis ataques terrestres
* O governo americano anunciou planos de enviar ao Caribe o porta-aviões Gerald R. Ford, considerado o maior do mundo
* Caracas denunciou que a presença do USS Gravely “constitui uma provocação hostil contra a Venezuela e uma grave ameaça à paz no Caribe”
* O governo venezuelano também afirmou ter capturado “um grupo mercenário” supostamente vinculado à CIA

As autoridades de Trinidad e Tobago defenderam a presença do navio americano, afirmando que o objetivo é “reforçar a luta contra o crime transnacional e construir resiliência por meio de capacitação, atividades humanitárias e cooperação em segurança”.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista coletiva na Malásia, ofereceu ajuda para mediar as tensões, destacando a importância de manter “a América do Sul como zona de paz”.

A mobilização militar americana já resultou em 43 mortes em 10 bombardeios contra supostas embarcações com drogas no Caribe e no Pacífico. Há relatos não confirmados de dois cidadãos de Trinidad e Tobago mortos em meados de outubro durante estas operações.

A população local está dividida sobre a presença militar americana. Enquanto alguns apoiam as ações contra o narcotráfico, outros expressam preocupação com possíveis consequências de um conflito militar. “Se acontecer algo entre Venezuela e Estados Unidos, poderemos acabar levando golpes”, alertou Daniel Holder, morador local de 64 anos.

O governo venezuelano acusa a primeira-ministra de Trinidad, Kamla Persad-Bissessar, de renunciar à soberania do país e transformar seu território em base militar americana para operações contra Venezuela, Colômbia e América do Sul.

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