O Boletim InfoGripe da Fiocruz revelou um aumento significativo nas hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Acre, colocando o estado em nível de alerta. O relatório, divulgado na última quinta-feira (23), destaca o rinovírus como principal agente causador, especialmente entre crianças e adolescentes até 14 anos.
De acordo com o levantamento da Fiocruz, que corresponde à Semana Epidemiológica 42 (12 a 18 de outubro), Rio Branco apresenta nível de atividade classificado como de risco, com tendência de crescimento nas últimas seis semanas. Na região Norte, além do Acre, Pará e Roraima também registraram alta nos casos.
* O Brasil apresenta seis unidades federativas com níveis simultâneos de alerta, risco ou alto risco, incluindo Acre, Pará, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e Tocantins
* Outros 11 estados registram incidência elevada, mas com tendência estável ou oscilante
* Em 2025, o país contabilizou 197 mil notificações de SRAG, com 52,7% de casos positivos para vírus respiratórios
* Rinovírus: 38,8% dos casos positivos
* Influenza A: 21,1%
* Sars-CoV-2 (Covid-19): 15,7%
* Vírus Sincicial Respiratório (VSR): 7,8%
* Influenza B: 1,5%
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e responsável pelo InfoGripe, enfatiza: “A vacinação é a principal forma de prevenção contra as formas mais graves e óbitos causados por esses vírus”.
No Acre, entre janeiro e início de agosto, foram registrados 18.339 atendimentos por síndrome gripal. Os grupos mais afetados são crianças, idosos e pessoas com histórico de doenças respiratórias, apresentando sintomas como febre, tosse, falta de ar e dor de garganta.
A influenza A tem se mostrado particularmente preocupante, sendo responsável por metade das mortes por SRAG no país este ano.