O governo de Minas Gerais decretou situação de emergência em resposta aos numerosos incêndios florestais que têm afetado áreas não protegidas do estado. A medida, publicada no Diário Oficial do Estado, foi motivada pelo impacto significativo das ocorrências na qualidade do ar e nos serviços essenciais.
O decreto, assinado pelo vice-governador Mateus Simões, estabelece a vigência da situação de emergência desde 1º de julho, com validade de 180 dias. As condições climáticas adversas, caracterizadas por baixa umidade e elevação das temperaturas, têm intensificado os incêndios em diversas regiões do estado.
• O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG) registrou 22.023 incêndios em vegetação até o momento
• Somente em setembro, foram contabilizadas 4.981 ocorrências, com média de 166 casos por dia
• Em outubro, até o dia 24, já foram registrados 2.583 casos, representando um aumento de 26,12% em relação ao mesmo período do ano anterior
• O período crítico de julho a setembro concentrou quase metade do total anual de incêndios
• No Parque Estadual da Lapa Grande, em Montes Claros, uma força-tarefa foi mobilizada em 9 de outubro, incluindo brigadistas, aeronaves e monitoramento por drone
• Na região da Pampulha, em Belo Horizonte, um incêndio em prédio abandonado se alastrou para a mata do bairro Ouro Preto
• O Hospital da Baleia foi afetado por um incêndio na Serra do Curral, necessitando transferência de pacientes e reorganização de atendimentos
• A Serra de São José, no Campo das Vertentes, enfrentou cinco dias consecutivos de incêndio, exigindo reforços de quatro municípios
Com a declaração de emergência, as autoridades estão autorizadas a implementar medidas necessárias para prevenção e combate aos incêndios florestais em áreas não protegidas. O decreto também determina que órgãos do Poder Executivo estadual promovam ações de conscientização sobre o uso do fogo e riscos de incêndios florestais.
Os danos causados pelos incêndios têm sido extensivos, afetando não apenas o meio ambiente, mas também causando impactos na infraestrutura de distribuição de energia e gerando significativos prejuízos econômicos. A medida emergencial conta com o apoio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e visa minimizar os impactos dessas ocorrências no estado.