A decisão do governador Romeu Zema de não comparecer à COP30 em Belém (PA) gerou preocupações significativas sobre possíveis impactos negativos para Minas Gerais. A ausência no principal evento climático mundial, que pela primeira vez será realizado na Amazônia, pode resultar em consequências substanciais para o estado em termos de investimentos, reputação e influência política.
O cancelamento da participação oficial do governador Zema, incluindo a retirada do “Minas Day” da programação, representa mais do que um simples gesto simbólico. O evento paralelo seria uma vitrine importante para apresentar as potencialidades do estado a um público qualificado de empresários, cientistas e diplomatas.
A falta de representação pode afastar fundos de investimento e empresas globais que priorizam projetos alinhados com metas de sustentabilidade, especialmente da Europa e América do Norte. Isso pode resultar no redirecionamento de capital para estados mais engajados com a pauta ambiental.
Enquanto outros estados brasileiros aproveitarão o evento para promover suas iniciativas ambientais e potencial econômico, Minas Gerais perde a oportunidade de destacar suas riquezas minerais e projetos sustentáveis.
A ausência pode ser interpretada como desinteresse pela pauta climática, afetando a percepção de investidores internacionais e prejudicando a imagem do estado em mercados consumidores e entre parceiros comerciais.
A não participação na COP30 pode dificultar o acesso a fundos climáticos destinados a projetos de mitigação e adaptação, que poderiam beneficiar iniciativas de preservação, saneamento e energias renováveis em municípios mineiros.
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas representa mais que um encontro de líderes; é um espaço fundamental para discussões sobre políticas ambientais e atração de capital verde. A ausência de Minas Gerais neste fórum crucial pode comprometer sua posição como ator relevante na transição para uma economia de baixo carbono.
Em um momento em que critérios ESG (ambiental, social e de governança) são determinantes para a alocação de investimentos globais, a decisão de não participar da COP30 pode ter repercussões duradouras para o desenvolvimento econômico e sustentável do estado.