A Rússia declarou oficialmente nesta quinta-feira (23) sua posição de imunidade frente às novas sanções impostas pelos Estados Unidos, alertando que tais medidas podem comprometer os esforços diplomáticos para resolver o conflito na Ucrânia.
O anúncio das sanções foi feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quarta-feira (22), mirando especificamente as duas maiores empresas petrolíferas russas, Rosneft e Lukoil. A decisão veio após meses de hesitação e foi precipitada pelo cancelamento do encontro previsto com Putin em Budapeste.
Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, expressou forte oposição às medidas: “Consideramos este passo como exclusivamente contraproducente”. Ela reforçou a posição do país afirmando que “Nosso país desenvolveu uma forte imunidade contra as restrições ocidentais e continuará desenvolvendo, com confiança, seu potencial econômico, incluindo seu potencial energético”.
As medidas punitivas incluem:
* Congelamento total dos ativos das empresas Rosneft e Lukoil em território americano
* Proibição de transações comerciais entre empresas americanas e as petroleiras russas
* Alinhamento com sanções adicionais impostas pela União Europeia para pressionar o fim da ofensiva na Ucrânia
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky manifestou apoio às sanções, descrevendo-as como uma mensagem “contundente e necessária” à Rússia. “Esperávamos por isso. Esperemos que funcione, é muito importante”, declarou. Zelensky ainda enfatizou a necessidade de manter a pressão internacional: “Devemos, junto com a Europa e os Estados Unidos, aumentar a pressão sobre Putin para que termine a guerra”.