Câmara arquiva um dos pedidos de cassação contra Eduardo Bolsonaro

Câmara arquiva um dos pedidos de cassação contra Eduardo Bolsonaro

Conselho de Ética da Câmara dos Deputados arquiva representação do PT que pedia cassação do deputado por supostas tentativas de interferência no processo eleitoral

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira, 22, arquivar a representação apresentada pelo PT contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A decisão foi tomada após votação que resultou em 11 votos favoráveis ao parecer do relator e 7 contrários.

A representação, que pedia a cassação do mandato do deputado, acusava Eduardo Bolsonaro de incitar a ruptura do processo eleitoral, tentar submeter a jurisdição nacional ao escrutínio de potências estrangeiras e cometer atos hostis à ordem constitucional e ao estado democrático de direito.

O relator da representação, Delegado Marcelo Freitas (União-MG), apresentou parecer pela rejeição do texto, argumentando que a acusação partia de uma premissa equivocada. Segundo ele, o deputado do PL não poderia ser responsabilizado por eventuais sanções impostas ao Brasil por países estrangeiros.

Principais pontos do parecer e da votação:

* O relator defendeu que as declarações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos estão protegidas pela prerrogativa parlamentar de inviolabilidade de opinião, palavras e votos
* Parlamentares do Centrão apoiaram o arquivamento, com José Rocha (União-BA) declarando que “acabou a era das inquisições”
* O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), anunciou que o partido recorrerá da decisão no plenário da Câmara
* O PT tentou afastar Freitas da relatoria, alegando sua proximidade com Eduardo Bolsonaro, mas o pedido foi rejeitado pelo presidente do Conselho

É importante ressaltar que Eduardo Bolsonaro ainda enfrenta outras quatro representações que aguardam envio para o Conselho de Ética pela Mesa da Câmara. Além disso, o deputado foi recentemente denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta “coação” no processo da trama golpista.

Em resposta às acusações da PGR, Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo emitiram nota conjunta alegando serem alvos de “perseguição política” e atribuindo a denúncia a “lacaios” do ministro Alexandre de Moraes. Eles informaram que aguardarão notificação formal para se manifestarem no processo.

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