Ministro da Saúde anuncia auxílio financeiro para pacientes em tratamento no SUS

Ministro da Saúde anuncia auxílio financeiro para pacientes em tratamento no SUS

Ministro da Saúde apresenta medidas para melhorar acesso à radioterapia e medicamentos oncológicos, incluindo auxílio financeiro para pacientes do SUS

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou uma série de medidas para fortalecer o tratamento oncológico no Sistema Único de Saúde (SUS). As mudanças incluem novo sistema de financiamento para serviços de radioterapia e auxílio financeiro para pacientes que precisam se deslocar para realizar o tratamento.

Durante coletiva de imprensa, Padilha destacou: “Estamos colocando a radioterapia em outro patamar, em relação ao cuidado ao paciente com câncer”. As medidas são especialmente relevantes considerando que cerca de 40% dos pacientes do SUS precisam se deslocar em média 145 quilômetros para realizar radioterapia, tratamento indicado em 60% dos casos de câncer.

Principais Mudanças Anunciadas

* O governo estabeleceu um auxílio de R$ 150 para transporte, mais R$ 150 diários para alimentação e hospedagem dos pacientes e acompanhantes

* Nova portaria sobre assistência farmacêutica oncológica, com a União assumindo a responsabilidade pela aquisição de medicamentos de alto custo, visando redução de até 60% nos preços

* Criação de centros regionais de diluição de medicamentos oncológicos para otimizar o uso dos insumos

* Implementação de novo sistema de financiamento para serviços de radioterapia, com bonificações progressivas para unidades que aumentarem o número de atendimentos

O ministério estabeleceu um sistema de incentivos financeiros para estimular maior atendimento nos serviços de radioterapia. “Essa é uma nova lógica para estimular que essa capacidade ociosa possa atender mais e, com isso, reduzir o tempo de espera de quem está aguardando o tratamento”, explicou Padilha.

As unidades receberão bônus por procedimento conforme o número de pacientes atendidos: 10% a mais para 40-50 novos pacientes por acelerador linear, 20% para 50-60 pacientes, e 30% para mais de 60 pacientes.

O governo também busca parcerias com o setor privado, oferecendo condições especiais para financiamento de equipamentos de radioterapia, desde que 30% da capacidade seja destinada ao SUS por pelo menos três anos. “Não tem como você consolidar uma rede pública sem atrair a estrutura privada que existe no Brasil, hoje, de tratamento ao câncer”, afirmou Padilha.

As iniciativas fazem parte do programa Agora Tem Especialistas, lançado em maio deste ano, que visa reduzir o tempo de espera por atendimentos especializados na rede pública. Durante o período de transição de 12 meses, a União reembolsará 80% dos valores judicializados a estados e municípios relacionados a demandas oncológicas.

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