Após mais de um ano vivendo um drama nos Estados Unidos, Fabíola da Costa, de 32 anos, finalmente retornou ao Brasil. A brasileira, que se encontrava em estado vegetativo, desembarcou na noite de segunda-feira (20) no Aeroporto Regional da Zona da Mata, em Goianá (MG), próximo a sua cidade natal, Juiz de Fora.
O retorno foi possível graças à mobilização de três amigos que custearam o transporte em UTI aérea, avaliado em aproximadamente R$ 1 milhão. Esta ação solidária surgiu após a família enfrentar limitações do plano de saúde e acumular despesas médicas superiores a R$ 500 mil nos Estados Unidos.
* Em 2019, Fabíola da Costa e seu marido Ubiratan Rodrigues mudaram-se para os Estados Unidos com seus dois filhos mais velhos, estabelecendo-se inicialmente em Newark, Nova Jersey, e posteriormente em Orlando, Flórida.
* Em setembro de 2024, Fabíola sofreu um mal súbito em casa, resultando em três paradas cardíacas e uma perfuração no pulmão durante a reanimação. O incidente a deixou em estado vegetativo, sem diagnóstico conclusivo até hoje.
* Durante sete meses, permaneceu internada com cobertura parcial do plano de saúde, recebendo alta em abril de 2025 para continuar tratamento domiciliar.
O desembarque foi acompanhado pelo SAMU, que confirmou a estabilidade do quadro de saúde da paciente durante toda a viagem. Do aeroporto, Fabíola foi encaminhada ao Hospital Ana Nery, em Juiz de Fora, para realização de novos exames antes de seguir para sua residência no Bairro Granjas Bethel.
“Um grupo de três pessoas, que não querem se identificar, se reuniu e pagou o que faltava da UTI aérea, já que tínhamos juntado mais de R$ 500 mil. Logo que eles me deram a notícia, eu já fiz contato com a companhia aérea e demos seguimento ao plano”, relatou Ubiratan Rodrigues.
Por enquanto, Ubiratan permanecerá nos Estados Unidos com os três filhos do casal, devido a questões burocráticas relacionadas ao nascimento da filha mais nova em território americano. A expectativa agora é que Fabíola possa continuar seu tratamento com maior suporte através do Sistema Único de Saúde (SUS), próxima à família em Juiz de Fora.
“Tudo foi feito com ajuda de amigos, familiares e desconhecidos que se sensibilizaram com a nossa história. Não temos palavras para agradecer”, concluiu Ubiratan.