O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela condenação de sete réus acusados de integrar o núcleo de desinformação em uma trama golpista após as eleições de 2022. Durante mais de duas horas e meia de leitura do voto, o ministro apresentou provas e detalhes sobre a participação de cada réu.
O grupo, conhecido como Núcleo 4, é acusado de disseminar ataques ao processo eleitoral e participar de uma organização criminosa que buscava romper com o Estado Democrático de Direito. As evidências apresentadas incluem mensagens, áudios e registros de redes sociais.
* O ministro Alexandre de Moraes apresentou provas detalhadas contra cada um dos sete réus, incluindo prints de redes sociais e mensagens que demonstravam a coordenação de ataques contra o processo eleitoral
* As condenações foram fundamentadas também no depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, que colaborou com a Polícia Federal revelando detalhes da trama golpista
* Entre as evidências, destaca-se uma minuta de decreto golpista, mencionada em conversas entre os integrantes, além de planos como a “operação Copa 2022” e o “plano Punhal Verde Amarelo”
* O grupo teria montado uma Abin paralela, utilizando a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência para monitorar adversários e produzir informações falsas
* Os réus também foram acusados de realizar uma campanha de difamação contra comandantes do Exército e da Aeronáutica em 2022, visando pressioná-los a aderir aos planos golpistas
Os sete réus do Núcleo 4 incluem militares da reserva, um policial federal e o presidente do Instituto Voto Legal. Todos respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
As defesas argumentaram que a Procuradoria Geral da República não conseguiu individualizar as condutas nem apresentar provas cabais dos crimes. O julgamento continua com os votos dos demais ministros da Primeira Turma do STF.