O senador Eduardo Girão (Novo-CE), pré-candidato a governador do Ceará, manifestou sua posição sobre a possível candidatura de Ciro Gomes ao governo do estado e destacou a necessidade de coerência na oposição. Durante entrevista ao O POVO, Girão enfatizou que, embora esteja aberto ao diálogo, não enxerga Ciro como uma figura identificada com a direita.
“Ciro nunca teve uma identidade com a direita, no meu ponto de vista. Eu nunca percebi essa identidade. Eu não sei se ele é pré-candidato, ele nunca disse que é pré-candidato, mas é legítimo que seja”, declarou Girão, reconhecendo, no entanto, Ciro como “uma mente brilhante que essa terra produziu”.
O senador destacou pontos cruciais de sua própria pré-candidatura:
* Defende princípios consistentes desde sua entrada na política, baseados em um tripé de “coerência, integridade e coragem”
* Propõe uma gestão mais eficiente para o Ceará, com foco no combate ao crime organizado e corte de privilégios
* Planeja implementar um “pacto pela paz”, envolvendo diversas instituições como Ministério Público e Tribunal de Justiça
Sobre a atual administração estadual, Girão criticou a gestão do PT, mencionando gastos excessivos com publicidade e o número elevado de secretarias. “Se você pegar o governo do Camilo e o do Elmano, do PT, foram bilhões em propaganda, publicidade. A gente vê uma aplicação equivocada”, afirmou.
Em relação a alianças políticas, o senador mantém uma postura aberta ao diálogo, mas ressalta a importância da coerência ideológica. Sobre sua relação com o Capitão Wagner, expressou gratidão pelo convite para entrar na política, mesmo com os caminhos tendo se ajustado ao longo do tempo.
Girão anunciou um evento de lançamento de sua pré-candidatura para 30 de novembro, que contará com a presença do governador Romeu Zema (Novo) e outros políticos importantes.