A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 foi novamente adiada na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional. O adiamento foi solicitado pelo Palácio do Planalto, conforme informou o presidente da comissão, senador Efraim Filho (União-PB).
A LDO, instrumento fundamental para o planejamento orçamentário do país, estabelece as diretrizes e prioridades para os gastos governamentais do ano subsequente. Sem sua aprovação, o governo fica impossibilitado de enviar e aprovar o Orçamento de 2026, podendo comprometer investimentos e repasses para estados e municípios.
O cenário atual apresenta diversos desafios para o governo federal:
* A não votação da medida provisória que previa aumento de impostos sobre apostas, fintechs, criptoativos e outros investimentos criou um déficit estimado em R$ 20 bilhões para o ano corrente, com possibilidade de duplicar até 2026
* Existe um impasse significativo relacionado ao cronograma de pagamento das emendas parlamentares, recursos destinados por deputados e senadores para projetos em suas bases eleitorais
* A sequência de adiamentos tem gerado preocupação entre parlamentares da base governista quanto ao risco para a agenda de votação do Orçamento 2026
O governo enfrenta dificuldades consideráveis para equilibrar as contas de 2026, especialmente após a caducidade da medida provisória que visava aumentar a arrecadação. A situação tem gerado apreensão no Congresso Nacional, principalmente em relação ao cumprimento dos prazos para a aprovação do Orçamento do próximo ano.