O relatório Focus divulgou uma redução na mediana das projeções do IPCA para 2025, que passou de 4,72% para 4,70%. Embora apresente uma queda em relação ao mês anterior, quando estava em 4,83%, o índice ainda permanece 0,20 ponto percentual acima do teto da meta de 4,50%.
As projeções do mercado financeiro mostram uma tendência de ajuste nas expectativas inflacionárias para os próximos anos:
* Para 2025, considerando apenas as 49 estimativas mais recentes, atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana manteve-se em 4,70%
* As projeções para 2026 apresentaram uma ligeira queda, passando de 4,28% para 4,27%, com base em 48 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, que indicaram um avanço de 4,20% para 4,28%
* Para 2027, a mediana do Focus recuou de 3,90% para 3,83%, enquanto para 2028 houve uma redução de 3,68% para 3,60%
O Banco Central mantém suas próprias projeções, esperando que o IPCA alcance 4,8% em 2025 e 3,6% em 2026. Para o primeiro trimestre de 2027, período considerado relevante pelo BC, a expectativa é que a inflação em 12 meses atinja 3,4%.
Na última reunião do Copom, a taxa Selic foi mantida em 15%, com o comitê enfatizando que “seguirá vigilante, avaliando se a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”.
Vale ressaltar que a partir deste ano, a meta de inflação passou a ser contínua, baseada no IPCA acumulado em 12 meses, com centro em 3% e margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Caso a inflação permaneça fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o BC perdeu o alvo, situação que já se concretizou após a divulgação do IPCA de junho.