O Ministério Público de São Paulo (MPSP) está investigando a origem dos R$ 300 milhões investidos pelo banqueiro Daniel Vorcaro na SAF do Atlético-MG. Existe a suspeita de que os recursos possam ser provenientes de um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Segundo denúncia do MPSP, os fundos utilizados por Vorcaro para adquirir 26,9% da Galo Holding SA apresentam características similares aos investigados na Operação Carbono Oculto, especificamente os fundos Olaf 95 e Hans 95, que já foram alvo de investigação pela Receita Federal.
A cronologia dos investimentos de Daniel Vorcaro no clube se desenvolveu da seguinte forma:
* Em 2023, realizou um aporte inicial de R$ 100 milhões na SAF do Atlético
* Posteriormente, em 2024, injetou mais R$ 200 milhões, totalizando R$ 300 milhões
* Com estes investimentos, alcançou participação de 26,9% na Galo Holding SA
A atual composição acionária da SAF do Atlético está distribuída entre:
* 55,7% pertencentes a Rubens e Rafael Menin
* 26,9% de Daniel Vorcaro
* 9% do Fundo de Investimentos do Galo (FIGA)
Em resposta às investigações, o Atlético emitiu nota oficial nesta sexta-feira (17) afirmando desconhecer qualquer irregularidade na origem dos recursos. O clube ressaltou que o “Galo Forte Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia é um veículo de investimento devidamente constituído e regular perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), sob administração da Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários LTDA”.
O clube ainda enfatizou que a “Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários LTDA é uma empresa igualmente registrada perante a CVM. Referido fundo figura como acionista da Galo Holding S.A., contexto no qual o Atlético não tem conhecimento de quaisquer irregularidades”.