Minas Gerais enfrenta um surto significativo de febre maculosa em 2025, com cinco óbitos confirmados e 33 casos registrados até o momento. O último caso fatal foi reportado em Caratinga, região Leste do estado, nesta quarta-feira (15). As autoridades de saúde mantêm vigilância sobre outros 12 casos suspeitos em investigação.
A distribuição geográfica dos óbitos inclui Caeté (2), Matozinhos (2) e Caratinga (1). Belo Horizonte lidera o número de casos confirmados, com cinco registros, seguida por Itabira com quatro casos, e Santa Luzia e Matozinhos com três casos cada.
A febre maculosa é uma doença causada por bactérias do gênero Rickettsia, apresentando duas espécies principais: a Rickettsia rickettsii, responsável pelos quadros mais graves, e a Rickettsia parkeri, mais comum em regiões de Mata Atlântica e geralmente associada a casos menos severos.
Os sintomas característicos da doença incluem:
* Febre alta
* Dor de cabeça intensa
* Dores musculares (mialgia)
* Dores nas articulações (artralgia)
* Náuseas e vômitos
As autoridades sanitárias enfatizam a importância da prevenção através das seguintes medidas:
* Utilização de roupas claras para facilitar a identificação do carrapato
* Uso de calças, botas e blusas de manga comprida em áreas arborizadas
* Evitar circular em locais com grama alta ou vegetação densa
* Aplicação de repelentes contra insetos
* Verificação regular de carrapatos em pessoas e animais de estimação
O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são cruciais para evitar complicações graves. Em caso de picada e manifestação dos primeiros sintomas, recomenda-se buscar atendimento médico imediato. O tratamento é realizado com antibióticos e, dependendo da gravidade, pode requerer hospitalização.
A doença representa um desafio para o diagnóstico devido à similaridade dos sintomas com outras enfermidades, o que pode retardar o início do tratamento adequado. A demora na identificação e tratamento pode resultar em agravamento do quadro clínico e, em casos extremos, levar ao óbito.