Presidente da Câmara de Esmeraldas, na Grande BH, pode ser afastada por impedir nomeação de concursado

Presidente da Câmara de Esmeraldas, na Grande BH, pode ser afastada por impedir nomeação de concursado

Vereadora do Novo é acusada pelo MP-MG de chamar aprovado de “baderneiro e filiado ao PT”; ação também pede perda de função pública e suspensão de direitos políticos

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) solicitou o afastamento de Simone Caetano dos Santos Pádua (Novo), presidente da Câmara Municipal de Esmeraldas, após acusações de descumprimento de acordo institucional e impedimento na nomeação de concursado por motivações políticas.

A presidente da Câmara, também conhecida como Simone Projeto Frutos do Amor, enfrenta uma ação de improbidade administrativa que pode resultar em diversas penalidades, incluindo bloqueio de bens e suspensão dos direitos políticos por cinco anos.

Descumprimento do TAC e Expansão de Cargos

* Em outubro de 2022, a Câmara assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que exigia a realização de concurso público, nomeação dos aprovados em até dez dias após homologação e redução de cargos comissionados

* O concurso foi homologado em abril de 2025, oferecendo 20 vagas, mas três candidatos aprovados ainda não foram nomeados, gerando multa de aproximadamente R$ 20 mil

* Contrariando o acordo, a Câmara criou 69 novos cargos comissionados em junho deste ano, aumentando o quadro de funcionários de 40 para 69 servidores em apenas dois meses

Acusação de Perseguição Política

Uma ex-assessora parlamentar da própria presidente revelou ao MP que Simone Pádua se recusou a nomear um candidato aprovado, classificando-o como “baderneiro e filiado ao PT”. Esta declaração, segundo a Promotoria, evidencia perseguição política e viola o princípio da impessoalidade na administração pública.

A Justiça, por meio da juíza Fernanda Campos de Lana Alves, da 1ª Vara Cível de Esmeraldas, estabeleceu prazo de 60 dias para a nomeação dos aprovados, sob pena de multa diária de R$ 500, limitada a R$ 20 mil, além das multas já previstas no TAC.

O MP reforçou o pedido de afastamento em 8 de outubro, argumentando risco de prejuízo ao erário e à efetividade do processo. Até o momento, nem a Câmara de Esmeraldas, nem a vereadora ou o partido Novo se manifestaram sobre o caso.

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