Hábitos diários podem comprometer audição

Hábitos diários podem comprometer audição

Especialistas alertam sobre práticas comuns que prejudicam a saúde auditiva e recomendam cuidados preventivos para evitar danos permanentes

No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, especialistas alertam sobre hábitos cotidianos que podem prejudicar a audição. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,5 bilhão de pessoas vivem com algum grau de perda auditiva no mundo, sendo que 430 milhões apresentam deficiência incapacitante.

No Brasil, um estudo da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp revelou que aproximadamente 124 mil pessoas na Região Metropolitana de Campinas (RMC) possuem deficiência auditiva, representando 4,43% da população local.

O otorrinolaringologista Henrique Gobbo, do Vera Cruz Hospital em Campinas (SP), alerta que a perda auditiva induzida por ruído é irreversível. “A exposição prolongada a sons intensos pode causar danos permanentes às células auditivas. Outro hábito prejudicial é o uso incorreto de cotonetes ou objetos para limpar os ouvidos, que podem ferir o canal e empurrar a cera para dentro. Tabagismo, consumo excessivo de álcool e o uso de certos medicamentos sem orientação médica também afetam a audição a longo prazo”, explica.

Em relação ao uso de fones de ouvido, o especialista recomenda seguir a regra do 60-60: “A recomendação é seguir a regra do 60-60: volume até 60% da capacidade máxima, por no máximo 60 minutos seguidos, fazendo pausas. Modelos que isolam o som ambiente são mais seguros, pois reduzem a necessidade de aumentar o volume. Já os fones de condução óssea oferecem maior risco, pois pulam mecanismos naturais de proteção contra sons elevados”.

O médico enfatiza a importância de exames regulares, recomendando audiometria pelo menos uma vez na vida adulta e acompanhamento periódico para pessoas com fatores de risco. Para crianças, o teste da orelhinha ao nascer é essencial, enquanto idosos necessitam de diagnóstico precoce e monitoramento contínuo.

“Cuidar da audição é cuidar da qualidade de vida. A audição é essencial para a comunicação, o aprendizado e a qualidade de vida. Preservá-la significa também cuidar da saúde mental e das relações sociais. O diagnóstico precoce faz toda a diferença”, destaca o especialista.

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