O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou nesta sexta-feira (19) que não pretende realizar mudanças no secretariado após a deflagração da “Operação Rejeito” pela Polícia Federal. A operação investiga uma suposta organização criminosa envolvida na liberação irregular de licenças ambientais para mineração no estado, com possível participação de servidores estaduais e federais.
Durante participação no fórum “Perspectivas Políticas, Estabilidade Democrática e Seus Reflexos para o Empresariado”, organizado pela Fecomércio MG, Zema enfatizou o compromisso de sua gestão com as investigações em andamento.
Pontos principais da operação e seus desdobramentos:
* A investigação resultou em 22 mandados de prisão, atingindo membros do governo estadual, incluindo o ex-presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Rodrigo Gonçalves Franco, e o presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), João Paulo Martins, que foram exonerados.
* O governador revelou que a Corregedoria Geral do Estado (CGE) já havia identificado indícios das irregularidades, mas devido às limitações de suas atribuições, não pôde tomar medidas mais efetivas.
* Em suas declarações, Zema enfatizou: “Nós estamos dando total apoio às investigações, as averiguações que estão acontecendo nesta operação. Tenho dito que somos um governo que preza pela transparência, e lamentamos muito o fato. A controladoria já tinha indícios, mas como ela não tem um poder efetivo de polícia, o processo estava em andamento”.