A Justiça de São Paulo decretou nesta quinta-feira (18) a prisão temporária do terceiro suspeito de participar da execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes. Luis Antonio Rodrigues de Miranda (1º da foto) é procurado pelo DHPP por suspeita de ter ordenado que uma mulher buscasse um dos fuzis usados no assassinato.
O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, que atuou por 40 anos na Polícia Civil e foi um dos pioneiros na investigação do PCC, foi executado na segunda-feira (15) após finalizar seu expediente como Secretário de Administração de Praia Grande.
* Felipe Avelino da Silva (2º da foto), conhecido como Masquerano, e Flávio Henrique Ferreira de Souza (3º) foram identificados através de material genético encontrado em um dos carros abandonados após o crime
* Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, foi presa por suspeita de transportar um dos fuzis utilizados no crime. Em seu celular, foram encontradas fotos da arma
* O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, confirmou o envolvimento do crime organizado na execução, citando especialmente a participação de Masquerano, conhecido membro do PCC
* Uma das hipóteses é que o assassinato tenha sido ordenado pelo PCC devido ao histórico de combate à facção por parte do ex-delegado
* Investigadores também consideram a possibilidade de que o crime esteja relacionado à atual função de Ruy Ferraz Fontes como secretário em Praia Grande
O DHPP, em conjunto com o Deic, já realizou oito mandados de busca e apreensão em endereços da capital e Grande São Paulo. A delegada Ivalda Aleixo, chefe do DHPP, informou que as investigações continuam para determinar o número total de envolvidos no crime.
Ruy Ferraz Fontes tinha 64 anos e foi um dos responsáveis pela prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, uma das principais lideranças do PCC. Sua carreira foi marcada pelo combate ao crime organizado e pela atuação como delegado-geral da Polícia Civil de SP.