Israel estabeleceu um ultimato de 48 horas para a evacuação da população civil da cidade de Gaza, em meio à intensificação das operações militares na região. A medida ocorre enquanto bombardeios aéreos continuam e forças terrestres israelenses avançam por três direções diferentes.
O comando militar israelense definiu como prioridade a abertura de corredores humanitários para garantir a saída segura dos civis, antes de intensificar as operações contra o Hamas nos próximos meses. Para facilitar o processo de evacuação, as forças israelenses lançaram folhetos informativos do ar e estabeleceram uma rota adicional de fuga.
Pontos principais da situação:
* Aproximadamente meio milhão de palestinos precisam se deslocar para o sul do território no prazo estabelecido, enfrentando condições desafiadoras durante a evacuação.
* Muitos civis estão realizando a evacuação a pé ou em carroças, carregando pertences essenciais, enquanto outros resistem às ordens devido ao temor das condições precárias e escassez de alimentos nos locais de refúgio.
* Segundo informações do Ministério da Saúde Palestino, controlado pelo Hamas, ao menos 50 pessoas perderam a vida em ataques israelenses nesta quarta-feira (17).
A situação tem gerado manifestações de líderes internacionais. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, manifestou-se sobre os “eventos horríveis que se desenrolam diariamente em Gaza”, defendendo um cessar-fogo imediato, acesso irrestrito à ajuda humanitária e a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas.
O Vaticano também se pronunciou sobre a situação. Durante a audiência desta quarta-feira, o Papa Leão XIV expressou sua proximidade com o povo palestino, criticando as condições “inaceitáveis” enfrentadas pela população. O pontífice reforçou o mandamento “Não Matarás” e enfatizou a inviolabilidade da dignidade humana.
A situação em Gaza permanece crítica, com a população civil enfrentando um prazo extremamente limitado para evacuação em meio a um cenário de conflito intenso e crescente pressão internacional por uma resolução humanitária.