O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia nesta terça-feira sua reunião para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. A decisão ocorre em um momento crucial, após o comitê ter mantido a Selic em 15% ao ano na última reunião, realizada em julho.
Na reunião anterior, o Copom justificou a interrupção do ciclo de alta da taxa de juros devido ao cenário externo mais adverso, principalmente relacionado às políticas comerciais e fiscais dos Estados Unidos, além da inflação que permanece acima da meta estabelecida.
O processo decisório do Copom segue uma metodologia estruturada, onde seus integrantes:
* Participam de apresentações técnicas realizadas pelo corpo funcional do Banco Central, analisando dados e projeções econômicas
* Avaliam diversos aspectos econômicos, incluindo a evolução e perspectivas das economias brasileira e mundial
* Analisam as condições de liquidez e o comportamento dos mercados financeiros
* Consideram a situação inflacionária atual, as contas públicas, a atividade econômica e o cenário externo
Durante a reunião, todos os membros presentes do Copom têm direito a voto, sendo estes posteriormente detalhados na ata, que é publicada em até quatro dias úteis após o encontro.
A Selic é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para alcançar a meta de inflação. Quando elevada, busca conter a demanda aquecida, encarecendo o crédito e estimulando a poupança. Por outro lado, sua redução tende a baratear o crédito, incentivando a produção e o consumo.
É importante ressaltar que os bancos comerciais consideram outros fatores além da Selic ao definir as taxas de juros para os consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, as decisões do Copom têm impacto direto tanto no controle inflacionário quanto no estímulo à atividade econômica do país.