O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), conhecido como “prévia do PIB”, registrou queda de 0,5% em julho, conforme dados divulgados pelo Banco Central do Brasil nesta segunda-feira (15). O resultado considera o ajuste sazonal, método que permite a comparação entre diferentes períodos.
A desaceleração da atividade econômica já era prevista tanto pelo mercado financeiro quanto pelo próprio Banco Central, principalmente devido ao cenário de juros elevados. Com a taxa Selic em 15% ao ano, maior patamar dos últimos 20 anos, a instituição tem sinalizado a manutenção deste nível por um “período bastante prolongado”.
* O mercado financeiro projeta um crescimento do PIB de 2,16% para 2025, número inferior aos 3,4% registrados no ano anterior
* O Banco Central mantém sua projeção de expansão em 2,1% para o ano corrente
* A desaceleração econômica é vista pelo BC como parte estratégica no controle inflacionário, sendo considerada um “elemento necessário para a convergência da inflação à meta”
* Conforme a ata da última reunião do Copom, o “hiato do produto” permanece positivo, indicando que a economia opera acima de seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação
* O BC destaca que a atividade econômica doméstica apresenta moderação no crescimento, com resultados variados entre setores e indicadores
É importante ressaltar que, embora o IBC-Br seja considerado uma prévia do PIB, sua metodologia difere da utilizada pelo IBGE. O indicador do Banco Central incorpora estimativas para agropecuária, indústria, serviços e impostos, mas não considera o lado da demanda, que é contemplado no cálculo do PIB oficial.
O IBC-Br representa uma das principais ferramentas utilizadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país, pois um maior crescimento econômico pode gerar pressões inflacionárias, influenciando decisões sobre a política monetária.