O goleiro Everson, do Atlético, denunciou um grave incidente envolvendo sua filha de 13 anos, que foi vítima de importunação sexual no estacionamento da Arena MRV, em Belo Horizonte, após o empate em 1 a 1 contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro, no domingo (14).
De acordo com informações apuradas, o caso ocorreu no estacionamento destinado às famílias dos jogadores, onde homens de meia idade, que ainda não foram identificados, abordaram a adolescente de forma inadequada após a partida.
Em comunicado publicado em suas redes sociais, Everson relatou o ocorrido com indignação: “Hoje, ao final do jogo, no estacionamento onde as famílias estacionam o carro, tinham algumas pessoas fazendo cobranças relacionadas ao resultado do jogo de hoje. Porém, alguns cidadãos que se dizem torcedores do time que me empenho todos os dias importunaram minha filha”.
O goleiro enfatizou a gravidade da situação: “Não foram ofensas direcionadas à minha pessoa ou ao meu trabalho, mas importunação pessoal e porque não dizer sexual a uma menina de 13 anos. Tenho certeza que todos concordam que as famílias não têm nada a ver com críticas de jogo, quão mais grave é atacar então pessoalmente uma criança”.
Everson, que ficou sabendo do episódio ainda no vestiário, demonstrou tamanha revolta que optou por não conceder entrevistas na zona mista do estádio. Em sua manifestação, o atleta garantiu que buscará “vias legais para que esse ato não passe impune”.
Vale ressaltar que, segundo o artigo 215-A da Lei nº 13.718, a importunação sexual é caracterizada pela prática de ato libidinoso contra alguém sem sua anuência, com objetivo de satisfazer desejo próprio ou de terceiro. A legislação prevê pena de reclusão de um a cinco anos para este tipo de crime, caso não constitua delito mais grave.