A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) recebeu determinação do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) para abrir seis novas salas cirúrgicas em um prazo máximo de 30 dias. A medida visa compensar a interrupção das cirurgias ortopédicas no Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), devendo garantir capacidade para realizar no mínimo 300 cirurgias mensais.
A decisão foi emitida pelo conselheiro em exercício Licurgo Mourão, relator do processo nº 1.185.003, que também ordenou o cancelamento da interrupção das cirurgias ortopédicas anteriormente realizadas no HMAL. Em resposta, a Fhemig afirmou que os procedimentos cirúrgicos não foram descontinuados.
* Duas salas cirúrgicas serão instaladas no Hospital Júlia Kubistchek
* Duas salas serão implementadas no Hospital João XXIII
* Duas salas adicionais serão criadas em outra unidade da Fhemig na Região Metropolitana
A decisão do TCE-MG surgiu após uma inspeção in loco no Hospital João XXIII, que havia absorvido a demanda do HMAL. Segundo o relatório, a concentração dos serviços afetou negativamente a capacidade de atendimento do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência da capital, resultando em redução da taxa mensal de intervenções cirúrgicas e aumento do número de transferências.
O conselheiro Licurgo Mourão destacou em sua decisão que “o cenário otimista, apresentado na motivação da FHEMIG para o lançamento do Edital FHEMIG/HMAL nº 01/25, não se confirmou”. Além disso, apontou problemas como o aumento da taxa de ocupação média do Hospital João XXIII e a falta de comprovação sobre a absorção dos profissionais do HMAL.
A Fhemig, por meio de nota, confirmou que cumprirá as determinações do TCE-MG e reafirmou seu compromisso em ampliar o acesso da população mineira a procedimentos cirúrgicos, ressaltando que as cirurgias ortopédicas de segundo tempo nunca foram interrompidas.